OBESIDADE INFANTIL

A obesidade é representada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal acarretando prejuízos à saúde dos indivíduos. É uma doença crônica, complexa, de etiologia multifatorial e resulta de balanço energético positivo.

Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a maior epidemia de saúde pública mundial, com elevação de sua prevalência tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento estando associada às doenças crônicas não transmissíveis que vêm afetando mais precocemente crianças e adolescentes. No Brasil, segundo o IBGE, uma em cada três crianças de cinco a nove anos estão acima do peso.

A importância da obesidade está na sua associação a um conjunto de doenças, caracterizadas por hipertensão arterial, dislipidemia e diabetes mellitus tipo 2, na denominada síndrome metabólica, na qual a resistência insulínica e a hiperinsulinemia explicam a relação entre a obesidade e as demais anormalidades. Além disso, pode gerar dificuldades para executar atividades e brincadeiras comuns da infância.

Existem os riscos social e emocional, já que a obesidade pode desencadear quadros de doenças mentais ou problemas de relacionamento, como: Depressão, Isolamento social, Solidão, Bullying, Disfunções alimentares, como bulimia ou anorexia ,Baixa autoestima.

Existem inúmeros fatores para a obesidade infantil. É preciso entender a rotina familiar, para diagnosticar e tratar corretamente as causas do problema.

Possíveis causas da obesidade infantil

Alimentação
Com o passar dos anos, houve mudança nos comportamentos alimentares das familias . As crianças passaram a ter contato com alimentos industrializados e hipercalóricos, consumo exagerado de gorduras e açúcares , e se afastaram das frutas e de outros alimentos naturais e saudáveis.

 Sedentarismo
Antigamente, crianças brincavam nas ruas, correndo e pulando. Hoje, as crianças passam muito mais tempo sentadas no sofá, de olho nos televisores, laptops ou videogames

Ansiedade e/ou depressão
Pode desenvolver compulsões alimentares, perder a vontade de praticar atividades físicas e desenvolver outros sintomas que prejudicam sua qualidade de vida.
É importante que a criança possa ter acompanhamento psicológico, como parte do tratamento contra a obesidade.

Fatores genéticos e hormonais
Filhos de adultos obesos, por exemplo, têm maior predisposição à obesidade infantil. Quando pai e mãe são obesos, as chances do filho ser obeso também são de 70 a 80%.

Como evitar a obesidade infantil?

O diagnóstico e tratamento devem ser realizados por médicos especializados. No entanto, pode –se promover uma mudança nos hábitos e rotinas da família.

Amamentação
O Ministério da Saúde recomenda que o leite materno seja o único alimento da criança até o seu sexto mês de vida. A Organização Mundial da Saúde também recomenda que a criança seja amamentada durante seus dois primeiros anos, ou mais.

Alimentação equilibrada e saudável
Uma reeducação alimentar para toda a família , estar comprometido com a saúde e deixar de lado os alimentos ricos em gorduras e açúcares , escolher alimentos integrais dos cereais e farinhas, como massas, arroz e pães. Aumentar o consumo de verduras e legumes.

Atividades físicas
São importantes para aumentar o gasto calórico, auxiliando na redução de peso, brincadeiras como pega-pega, pular corda, amarelinha, dança, bicicleta, entre outros.

Controle o tempo de exposição às telas
O recomendado é que crianças até cinco anos não fiquem mais de uma hora em frente às telas. Para crianças de 5 a 13 anos, a recomendação é de que se tenha no máximo duas horas de tela com fins recreativos.

Sono e repouso
A Academia Americana de Medicina do Sono (AASM) sugere que crianças de três a cinco anos durmam de 10 a 13 horas (incluindo cochilos à tarde). Crianças na idade escolar, de 6 a 12 anos, devem dormir de 9 a 12 horas à noite.

Ser o exemplo é a melhor maneira de ensinar o seu filho a cuidar de si e da sua saúde.

Referencias bibliográficas:

Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e periódico Pediatric

Departamento Científico de Nutrologia Sociedade Brasileira de Pediatria 2019. Obesidade na infância e adolescência: Manual de Orientação. 3ª edição revisada e ampliada